12 filmes de natal que Papai Noel não acredita

12 filmes de natal que Papai Noel não acredita

Costumamos relacionar filmes natalinos com enredos belos e edificantes. “A Felicidade Não se Compra” (1946), de Frank Capra, talvez seja o maior clássico do gênero. Há décadas assisti-lo é programa obrigatório para muitas famílias americanas. Mas existe também as duas versões de “O Milagre da Rua 34”, uma de 1947 e outra de 1994, além de “A Rena do Nariz Vermelho” (1964),  a animação de massinha que o SBT reprisou a exaustão, sempre anunciando que era “inédito na televisão”. E muitos outros. Mas como cada natal é um natal, eventualmente a fórmula sai diferente e podem render obras cínicas, críticas ou politicamente incorretas. Às vezes tudo junto. Abaixo uma dúzia de exemplos de filmes natalinos para assistir depois da ressaca de Sidra Cereser.

Gremlins (1984), Joe Dante

Uma comédia? Um filme de terror? Uma metáfora ao perigo eminente de invasão por parte dos malvados comunistas ateus que não acreditam em natal? Uma dica: não assista a esse filme tomando banho, nem com a luz ligada e muito menos depois da meia-noite.

Os Fantasmas Contra-Atacam (1988), de Richard Donner

Esqueçam os Muppets e a clássica versão Disney em desenho animado com o Tio Patinhas. São ótimas, mas essa é a melhor adaptação de “Um conto de natal”, de Charles Dickens. O grande Bill Murray como um Scrooged moderno, mandando grampear chifres de rena na cabeça de um ratinho, não tem preço.

Duro de Matar (1988), de John McTiernan

Sim, “Duro de Matar” é um filme de natal. E tem mais: o primeiro “Máquina Mortífera” também é.

Férias Frustradas de Natal (1989), de Jeremiah Chechik

A saga da família Griswolds chega ao natal, com Chevi Chase preparando 25 mil luzes natalinas que…

Esqueceram de Mim 2 (1992), de Chris Columbus

Violência, sadismo, Macaulay Culkin. Acredite, não é um filme de terror.

O Estranho Mundo de Jack (1993), de Henry Selick

Da época remota em que o produtor Tim Burton ainda tinha talento.

Um Herói de Brinquedo (1996), de Brian Levant

Da época remota em que Conan, o Exterminador, ainda podia colocar uma roupa colante de super-herói.

O Grinch (2000), de Ron Howard

Jim Carrey pintado de verde, sem ser o Máskara. Sem mais palavras, senhor juiz.

Papai Noel às Avessas (2003), de Terry Zwigoff

Billy Bob Thornton interpretando um malandro alcoólatra e boca suja que se veste de Papai Noel para pegar a mulherada e dar golpes. Tirando a parte do vestido de Papai Noel poderia ser a sinopse de um filme autobiográfico sobre seu casamento com Angelina Jolie.

Um Natal Muito, Muito Louco (2004), de Joe Roth

Um casal quer fugir dos repetitivos e dispendiosos festejos de natal. O que estraga o filme é a redenção natalina no final.

Papai Noel das Cavernas (2010), de Jalmari Helander

Uma equipe de pesquisadores encontra o verdadeiro Papai Noel em hibernação num bloco de gelo, no melhor estilo Capitão América. O que fazer? Obviamente, vender a relíquia, é claro.

Uma Noite de Fúria (2010), de David Steiman

Papai Noel como um demônio vingativo, que odeia crianças, sujo, gigantesco, forte, furioso, matando e destruindo. O filme é de 2010. Por que ninguém pensou nisso antes?!

Ademir Luiz

É doutor em História e pós-doutor em poéticas visuais.