Biografia revela que o Prêmio Nobel de Literatura, politicamente conservador, apreciava posar de intelectual do contra e apresentar opiniões idiossincráticas sobre caribenhos, africanos e asiáticos
O texto a seguir não é uma resenha do livro “El Mundo Es Así — La Biografía Autorizada Del Premio Nobel V. S. Naipaul” (Duomo Ediciones, 796 páginas, tradução de Ramón de España), de Patrick French, de 52 anos. Menciono trechos da obra — a biografia mais extensa e equilibrada de um indivíduo e escritor controverso —, mas uso basicamente a introdução, na qual se discute a dificuldade em escrever sobre o autor do brilhante romance “Uma Casa Para o Sr. Biswas” (“uma obra de grande poder cômico, concebida com uma compaixão sólida e sem sentimentalismo”, escreveu Anthony Burgess, autor de “Laranja Mecânica”). Para o leitor, é seminal saber que a literatura e os relatos de viagem do autor caribenho — quem sabe tão “inglês” quanto os americanos Henry James e T. S. Eliot — foram publicados no Brasil pela Editora Companhia das Letras, com traduções esmeradas de, entre outros, Paulo Henriques Britto e Rubens Figueiredo. Naipaul morreu em Londres, a uma semana de completar 86 anos.
Naipaul nasceu em Trinidad e Tobago em 17 de agosto de 1932 e, em 1950, excelente aluno, ganhou uma bolsa de estudos em Oxford, onde entrou aos 18 anos (e, sexualmente, virgem). De lá, saiu escritor. O pai, Seepersad Naipaul, e um irmão, Shiva Naipaul (morreu aos 45 anos, em 1985), autor de “Um País Tropical” e “Pra Lá da Boca do Dragão” (Difel, 94 páginas), também eram escritores. A família é de origem indiana.
Talvez com a morte de Naipaul prestem mais atenção à sua obra do que às declarações (supostamente) idiossincráticas e, às vezes, frívolas. Cessadas as declarações, ficam os livros, “seres” vivos ou quase. São (muito) diferentes? Nem sempre. Mas a literatura é mais ampla do que as frases de efeito, não raro formuladas exatamente para chocar. Patrick French, numa pesquisa exemplar, descobre que a maneira chistosa do escritor deve muito às suas origens caribenhas — que ele apreciava desdenhar — e indianas. Tanto na literatura quanto nas opiniões o que se tem é um Naipaul sugerindo que a verdade deve ser dita a qualquer custo — inclusive o de não ser “aceito” pelas maiorias. Frise-se, porém, que sua literatura e relatos são mais abrangentes e, por assim dizer, compreensivos daquilo que está sendo mostrado — quiçá mais do que criticado — do que as diatribes que são espetaculares para títulos de jornais.
Verdade é seminal
A verdade acima das “boas” opiniões era um dos lemas, se se pode dizer assim, de Naipaul. O colonizado, na visão de Naipaul, não deve ser tratado como mera vítima ou santo. Ter compaixão pelos “oprimidos” é uma coisa, criar retratos idílicos é contrafação e torná-los “modelos” é uma estultice. O autor do romance “Os Mímicos” — no qual se diz que só o poder revela o político — era um crítico visceral do populismo, velho nome do politicamente correto. Como Paulo Francis, Naipaul exagerava, mas, nas entranhas de seus excessos verbais, de suas opiniões radicalizadas — trata-se de um autor conservador —, há mais verdade, o mundo como é, do que em muitas opiniões “certinhas” a respeito da vida e dos homens.
O autor de “Um Caminho no Mundo”, que contém histórias autobiográficas — a pesquisa de Patrick French ilumina-as —, buscava entender o mundo como é, não como queremos que seja. A descrição das imperfeições dos homens — em especial do “colonizado” e do “ex-colonizado” — é o que, eventualmente, desagrada leitores ideológicos, sobretudo se de esquerda, de sua obra. A fantasia de que só os pobres “sofrem” — como se sofrimento tivesse apenas a ver com comida, por exemplo — e os ricos “não sofrem” não é compartilhada por Naipaul. A ideia de classes sociais não está acima da ideia de que todos são indivíduos — homens e mulheres de um determinado tempo — sofrendo (ou sendo felizes) em perspectivas semelhantes ou diferentes.
Num mundo em que todos (ou quase) pensam igual, paradoxalmente para aceitar as diferenças entre os indivíduos, Naipaul, se cabia nele como escritor de uma força poderosa — daí não conseguirem exclui-lo —, possivelmente não cabia mais como indivíduo. Porque o espaço para o dissenso criativo é cada vez mais reduzido.
O mal-humorado Naipaul lembra, em termos de temperamento, Graciliano Ramos. A diferença é que o brasileiro era de esquerda e o filho de Trinidad e Tobago era de direita.
“O Mundo é Assim — A Biografia Autorizada do Prêmio Nobel V. S. Naipaul”, como sugere o título, foi autorizada por sir Vidiadhar Surajprasad Naipaul, conhecido como V. S. Naipaul. Com o passar do tempo, o escritor mudou de ideia e passou a depreciá-la. Porque Patrick French escarafunchou sua vida de maneira tão densa, não deixando pedra sobre pedra, num autêntico strip-tease biográfico, que o autor de “O Enigma da Chegada” — ele próprio usou fatos de sua vida e da vida de seus familiares para escrever sua ficção — por certo quedou-se chocado. Mas Naipaul chocado? Talvez sim.
Certa feita, o escritor Paul Theroux presenteou-o com um exemplar de sua lavra, devidamente autografado, para depois descobrir que Naipaul o havia vendido por 1.500 dólares. Profundamente agastado com a suposta falta de respeito e consideração, o escritor americano biografou-o, revelando que era misógino — revelando não é o termo exato porque as feministas, ao menos as que não leram nenhuma obra de Naipaul, já vinham dizendo isto há algum tempo — e que maltratava sua mulher, pondo-lhe chifres. Há uma clara tentativa de “diminuir” o indivíduo para arrancar a força da obra literária, que, porém, permanece incólume. Em 2011, tendo o escritor britânico Ian McEwan como mediador, Naipaul e Paul Theroux fizeram as pazes. Quem mudou? Naipaul continuou o mesmo, tendo opiniões fortes e não muito agradáveis aos espíritos mais sensíveis. Ele é tão duro e ferino quanto H. L. Mencken. Beira à grosseria.
Na introdução da biografia, Patrick French conta que, quando ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, em 2001, Naipaul provocou polêmica global. “Um jornal iraniano acusou o escritor de espargir veneno.” O “New York Times” disse, num editorial, que se tratava de “uma voz independente, cética e perspicaz” — que, sim, é uma síntese perfeita do que era Naipaul e do que é sua literatura e seus relatos, uma “biografia” cáustica de indivíduos de uma parte do mundo — África, Ásia e Caribe — que, por serem pobres, são vistos unicamente como vítimas, e não também como sujeitos da história.
Ao receber o Nobel, Naipaul disse que o mundo era “sensível e tremendamente confuso”. De fato, com tantas ideias espalhadas, transformadas em consumo e moda, como distinguir o certo do duvidoso? Há quem acredite que J. K. Rowling é uma escritora de primeira linha, sobretudo porque vende milhões de exemplares e é admirada em todo o mundo. Quem ficará na história da literatura: Naipaul ou Rowling? O primeiro, claro.
Patrick French assinala que Naipaul aborda, com seriedade e profundidade, temas como “extremismo [político e religioso], imigração global, a identidade política e religiosa, as diferenças étnicas, a implosão da África, o ressurgimento da Ásia e a reimplantação da velha administração europeia no fim do império. (…) Sua posição pública como prosador e cronista foi inflexível em uma época de relativismo cultural: Naipaul defendia a mais elevada civilização, os direitos individuais e o império da lei”. Democrático e moderno, claro. Mas nem todos percebem-no assim. Porque não fazia concessões.
Franco-atirador
A tendência de Naipaul de se caricaturizar, em público, teria contribuído, anota Patrick French, para que tratassem obra e indivíduo — o homem de chistes ferinos, ainda que refinados — como se fossem a mesma coisa. São e não são? A obra é mais densa e explica, de maneira detalhada — o que torna a “avaliação” mais empática, apesar de a verdade ser dita de maneira nua e crua a respeito de qualquer assunto, pessoas e povos —, as questões que, nas declarações a jornais, parecem simplistas e provocam críticas ácidas. “Disse, ou disseram que disse, que a África carecia de futuro, que o islã era uma calamidade, que a França era um país fraudulento e que os entrevistadores eram uns macacos”, arrola Patrick French. Nada agradável, decerto.
As opiniões de Naipaul o tornavam, portanto, um pesadelo, pois chocava até os liberais, com os quais concordava em determinados pontos — como sua crítica à esquerda. Ocorre que o escritor, quase um filósofo, nunca é um dos “nossos”. Era um franco-atirador e, por isso, o crítico britânico James Wood sublinhou que se tratava de “um império de um homem só”. Por mais que se tenha identidade com o escritor, não se trata de um companheiro de jornada — tal sua independência de pensamento.
“Em vez de celebrar o multiculturalismo, o rebatizou de ‘multiculti’, fez chistes malévolos sobre pessoas que tinham a pele mais escura do que a sua, culpou as nações oprimidas por longo tempo por seus permanentes fracassos e acusou o [ex] primeiro-ministro Tony Blair de ser um pirata que tratava de impor na Inglaterra uma cultura plebeia”, diz Patrick French. Tornou-se, com suas críticas, um “traidor” dos colonos — e não só dos indianos que foram para Trinidad e Tobago em busca de trabalho — e quase um “pária”, um “sem-classe” e “sem-povo”.
O importante crítico britânico Terry Eagleton “se queixava de que Naipaul era ‘excelso em arte’ e ‘lamentável em termos políticos’”. Patrick French chega a comparar o escritor — que escrevia em inglês, mas cujo tema no geral eram os homens e mulheres do Caribe, da África e da Ásia — com Albert Einstein e Aleksandr Soljenítsin, que, a despeito de serem homens brilhantes em suas áreas de atividade, davam declarações às vezes estultas e simplórias.
Ao receber o Nobel de Literatura, em Estocolmo, Naipaul disse que era uma honra “tanto para a Inglaterra, minha casa, como para a Índia, a terra de meus antepassados”. “Nenhuma palavra sobre Trinidad.”
O escritor George Lamming afirma que insultar e fazer gozações são um comportamento típico dos habitantes de Trinidad. Mesmo tendo se tornado “quase-inglês”, ou um cidadão do mundo, Naipaul era, e não apenas inconscientemente, um homem do Caribe — onde viveu até os 18 anos. Patrick French afirma que percebeu que, “quando se mostrava grosseiro ou provocador”, o escritor “parecia cheio de júbilo. Criar tensão, insultar os amigos, a família ou a comunidades inteiras o deixava com um humor excelente”.
Quando lhe propuseram escrever a biografia de Naipaul — vivo, ativo e polêmico —, Patrick French hesitou. Mais de 50 mil documentos sobre o escritor estavam na Universidade de Tulsa, no Oklahoma. “Eu disse a Naipaul que estava disposto a escrever sua biografia se pudesse usar o material de Tulsa vedado a consulta pública e usá-lo quando me parecesse oportuno.” Explicou também ao escritor que precisava “entrevistá-lo a fundo”. Depois de um período silencioso, Naipaul enviou uma carta, sem “muito entusiasmo”, autorizando a consulta aos papeis — sem censura — e se mostrou disposto a ser entrevistado.
“Naipaul cumpriu escrupulosamente o acordo: não recebi dele nem diretivas nem restrições. Teve a oportunidade de ler o manuscrito concluído, mas não exigiu nenhuma mudança”, anota Patrick French. Ao fazer um discurso, em Tulsa, em 1994, o escritor disse: “A vida dos escritores é um tema legítimo de investigação, não se deve ocultar a verdade. De fato, é muito possível que o relato completo da vida de um escritor acabe sendo uma obra mais literária e reveladora — de um momento cultural ou histórico — que os próprios livros do escritor em questão”.
Máscara e rosto
Ao conversar com Naipaul, o experiente Patrick French assustou-se num primeiro momento com suas opiniões, que não sabia se eram sérias ou jocosas. “A [revista] ‘New Yorker’ não sabe nada de literatura”, disse o escritor. Uma opinião claramente não verdadeira e dada, certamente, para chocar.
Aos poucos, o biógrafo percebeu que Naipaul “atuava” — quer dizer, era um ator — ao se mostrar “escandaloso, divertido e impossível”. Numa entrevista, de 1983, Bernard Levin perguntou-lhe: “Você nasceu em Trinidad?” A resposta, ótima para títulos sensacionalistas: “Nasci lá, sim, mas creio que foi um grande erro”. Patrick French interpreta que “o rechaço de Naipaul à sua pátria se converteu em parte de seu personagem público, um personagem inventado para levar a cabo sua ambição primeva de fugir da periferia [o Caribe] em busca do centro [a Europa], de trocar os pobres, os sem-poderes, pelos poderosos e converter-se num grande escritor”. De indiano, de caribenho, converteu-se em outro, num europeu? Pode ser que Patrick French tenha razão em parte, mas é provável que, até o fim da vida, Naipaul tenha sido um “excluído” — por conta própria — em qualquer lugar, inclusive na Inglaterra, sua, digamos, nova pátria. Era, quem sabe, um apátrida, mas apreciador do conforto da terra de Charles Dickens.
Patrick French destaca que, “constantemente”, Naipaul “tinha” de se apresentar como uma espécie de Pedro Malazartes, ainda que sofisticado, e “mascarar-se, desfazendo-se de seu passado” — de indiano pobre, num pequeno país do Caribe —, “para converter-se no observador global superintuitivo e sem pátria capaz de mirar o olho enlouquecido da história sem piscar”. O isolamento de Naipaul, um outsider, se devia, segundo o biógrafo, “ao medo e à ansiedade”. Outra interpretação possível é que o escritor, ao escrever uma obra heterodoxa — sem concessões ao populismo, aos amigos e grupos organizados —, isolou-se para preservar sua independência intelectual e, também, política. Pode-se denominá-lo de outsider entre outsiders — como Evelyn Waugh, um dos autores que primeiro influenciaram sua prosa, e, na esquerda, George Orwell.
O Naipaul público, autor de frases bombásticas — que fazem a alegria dos jornalistas, mas horrorizam aqueles que são politicamente corretos —, sabia o que estava fazendo. Estava posando. Patrick French avalia que aquilo que começou como “pose” — como uma personagem cuidadosamente estudada — acabou se tornando o próprio Naipaul. A máscara se tornou rosto. Numa entrevista ao biógrafo, o escritor disse: “Não me interessava, e segue sem afetar-me, minimamente que seja, o que as pessoas pensam de mim, pois eu só estava a serviço dessa coisa chamada literatura”. O indivíduo Naipaul se tornou a personagem Naipaul? Talvez sim, talvez não. O fato é que, apesar do jogo das máscaras e das poses, escreveu uma grande literatura — que o aproxima, em ambição literária, de um Thomas Mann.
Depois de ouvir várias pessoas para compor a biografia, Patrick French afirma que a fonte mais confiável e sincera foi exatamente Naipaul. “Considerava que uma biografia que não fosse de uma clareza desarmante resultaria inútil, e permitir a publicação de um livro semelhante enquanto ainda estava vivo representa um ato de narcisismo e”, ao mesmo tempo, “de humildade”.
Ao receber o Nobel de Literatura, Naipaul disse, expressa Patrick French, “que a biografia de um escritor nunca pode revelar por completo a origem de seus livros”. “Todos os detalhes da vida, as peculiaridades e as amizades, podem ser expostos, mas o mistério da escritura se conservará”, afirmou o escritor. O biógrafo corrobora: “Uma biografia nunca pode revelar completamente as fontes do indivíduo estudado. As pessoas são demasiado complicadas ou incoerentes. O máximo a que pode aspirar um biógrafo é jogar luz sobre alguns aspectos de uma vida e tratar de oferecer vislumbres do biografado, conseguindo assim explicar [e compor] uma história”.
Jeffrey Meyers e Ian Buruma tentaram biografar Naipaul, mas não conseguiram. Meyers acabou atritado com Naipaul. Buruma, ante a imensidão da tarefa, desistiu, mas, quando leu o livro escrito por Patrick French, escreveu, no “New York Review of Books”: “Eu duvidava que alguém pudesse escrever um livro honrado enquanto Naipaul estivesse vivo. Estava equivocado”. Trata-se, de fato, da biografia autorizada mais desautorizada da história. Uma excelente biografia, tanto que, depois de autorizá-la, Naipaul “pensou bem” e decidiu desaprová-la. Patrick French põe Naipaul nu diante de nós, mas sem deixar de reconhecer que, apesar de todos os seus problemas, é um escritor de primeira linha.
Niemeyer e sexualidade
Naipaul tinha o hábito de ler livros sobre arquitetura e, por isso, descobriu os brasileiros Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Em julho de 2002, escreveu: “Em 1994, fui ao Brasil e vi a horrenda arquitetura de Niemeyer que tanto admiram. Entrei em um dos edifícios desenhados por ele em São Paulo. Os nossos passos faziam um barulho tremendo. Um ruído insuportável. Ele havia se limitado a projetá-lo em uma folha de papel e o haviam construído com concreto: tudo se podia fazer à base de concreto. É uma loucura elogiá-lo. O melhor que os brasileiros deviam fazer era pôr este edifício abaixo”. O edifício possivelmente é o celebrado Copan.
Na visita ao Brasil, no mês de agosto, Naipaul reclamou do clima quente. Pretendia escrever um livro sobre o país, talvez tão diverso quanto Trinidad e Tobago. Mas acabou desistindo.
Aos que apreciam mexericos, há a história de uma transa homossexual de Naipaul quando era menino. O relato é contado pelo próprio escritor: “Fui submetido a algum tipo de abuso sexual por um primo mais velho [Boysie]. Fui corrompido, fui atacado. Tinha 6 ou 7 anos. Se deu de maneira tão terrível que passei a ter ódio e asco à homossexualidade. Jamais houve um momento em minha vida em que me senti atraído por sexo com homens”. Patrick French acrescenta que os abusos ocorreram durante dois ou três anos. Naipaul, que era chamado de Vidia e Vido pela família, não contou a história a nenhum parente. “Insistia que não participou voluntariamente, ainda que suas negativas não resultam de todo convincentes, pois os dois garotos tinham quase a mesma idade”, frisa o biógrafo. As relações cessaram quando Naipaul completou 10 anos.
As histórias da sexualidade de Naipaul — que os conservadores dirão “excessiva” — são expostas, sem contemplação, por Patrick French. Mas o escritor (e o homem) fica menor depois de ter a vida devassada? O mais provável que é, apesar de tudo — sobretudo o escritor —, o criador do magnífico “Um Caminho no Mundo” fica maior. Menos divindade, mais humano.
Livros de V. S. Naipaul publicados no Brasil
Uma Casa Para o Sr. Biswas — Tradução de Paulo Henriques Britto, 528 páginas.
O Enigma da Chegada — Tradução de Paulo Henriques Britto, 344 páginas.
Os Mímicos — Tradução de Paulo Henriques de Britto, 320 páginas.
Meia Vida — Tradução de Isa Mara Lando, 200 páginas.
Miguel Street — Tradução de Rubens Figueiredo, 224 páginas.
Num Estado Livre — Tradução de Rubens Figueiredo, 312 páginas.
A Máscara da África — Vislumbres das Crenças Africanas — Tradução de Marcos Bagno, 288 páginas.
Sementes Mágicas — Tradução de Alexandre Hubner, 264 páginas.
Uma Curva no Rio — Tradução de Carlos Graieb, 320 páginas.
O Massagista Místico — Tradução de Alexandre Hubner, 224 páginas.
Além da Fé — Tradução de Rubens Figueiredo, 552 páginas.
Entre os Fiéis — Traduçao de Cid Knipel Moreira, 552 páginas.
Índia — Um Milhão de Motins Agora — Tradução de S. Duarte, 408 páginas.
Um Caminho no Mundo —Tradução de Anna Olga de Barros Barreto, 336 páginas.