O site americano Business Insider pediu à gerente do departamento de serviços ao leitor da Biblioteca Pública de Nova York, Lynn Lobash, que recomendasse os livros sobre o futuro da humanidade que todos deveriam ler. Além de clássicos da ficção, como “O Conto de Aia” (1985), de Margaret Atwood; e “1984” (1949), de George Orwell; Lobash também apontou obras de divulgação científica, que abordam temas como meio-ambiente, economia e física. Alguns destaques entre os livros de não-ficção são: “A Física do Futuro” (2011), de Michio Kaku; e “Tudo Pode Mudar: Capitalismo vs. Clima (2014), de Naomi Klein. Os livros não estão organizados de acordo com critérios classificatórios. Os comentários são adaptados das sinopses das editoras.

O romance pós-apocalíptico, ambientado em um futuro distópico, detalha três gerações de uma família após uma guerra nuclear. Os sobreviventes da explosão sofrem com o inverno radioativo e as disputas entre grupos rivais. A radiação desencadeia mutações, e uma nova espécie de humanos surge: o Homo superior.

O livro é ambientado em um futuro próximo e tem como cenário Gilead, um Estado teocrático e totalitário, localizado onde um dia existiu os Estados Unidos. Anuladas por uma opressão sem precedentes, as mulheres não têm direitos, e são divididas em categorias: esposas, marthas, salvadoras e aias. As aias são as que pertencem ao governo e existem unicamente para procriar.

Na obra, Kolbert apresenta ao leitor doze espécies desaparecidas ou em vias de extinção, demonstrando que uma quantidade inigualável de animais está em risco. Ao mesmo tempo, a jornalista traça um panorama de como a extinção tem sido entendida pelo homem nos últimos séculos, desde os primeiros artigos sobre o tema, do naturalista francês Georges Cuvier, passando por Charles Lyell e Charles Darwin, até os dias de hoje.

A ciência aponta o ser humano como o principal causador das alterações climáticas. Mesmo assim, os governos de muitos países não têm considerado o clima como uma prioridade. Para Naomi Klein, se cada um desenvolver o sentido crítico, estiver a par dos dados científicos, e se mantiver informado, será possível quebrar o ciclo de destruição e recuperar o planeta.

Dez proeminentes economistas, como Robert Shiller e Martin Weitzman, apresentam suas ideias sobre o mundo do século 22. Em cenários que variam do otimista ao sombrio, esses pensadores consideram tópicos como a transformação do trabalho e dos salários, o contínuo aumento da desigualdade, a ascensão econômica da China e da Índia, o ciclo de crise e recuperação e as consequências econômicas do extremismo político.

Em “A Física do Futuro”, Michio Kaku prevê o progresso científico da humanidade até 2100. Sustentado por mais de 300 entrevistas com os mais importantes cientistas do mundo, o livro derruba os mitos e confirma as previsões futurísticas que têm chances de se tornarem reais. Os relatos são divididos por períodos e em campos distintos do avanço científico e tecnológico, como a computação, inteligência artificial e a medicina.

O livro clássico de Alvin Toffler fala sobre o futuro da humanidade em cinco, dez e 20 anos. Além disso, explica como se preparar para cada um dos contextos temporais. De acordo com o autor, o mundo é constantemente golpeado por mudanças novas e dramáticas, que não podem ser compreendidas de imediato.

“1984” é um dos livros mais famosos de George Orwell. Ele é centrado em Winston, que vive aprisionado em uma sociedade completamente dominada pelo Estado. O personagem não aceita bem a falsa democracia em que vive, questionando a opressão que o Partido e o Grande Irmão, que vigia a tudo e todos, exercem sob a sociedade.

O livro descreve um governo totalitário, num futuro próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se apenas instrumental.

Admirável Mundo Novo, lançado em 1932, é considerado um romance perturbador. Ele narra um futuro alternativo, no qual as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia, mantendo a ordem e a moral, em uma sociedade organizada por castas.

No alvorecer da humanidade, a fome e os predadores já ameaçavam de extinção a incipiente espécie humana. Até que a chegada de um objeto impossível, além da compreensão das mentes limitadas do homem pré-histórico, prenunciasse o caminho da evolução. Milhões de anos depois, a descoberta de um enigmático monolito soterrado na Lua deixa os cientistas perplexos. Para investigar esse mistério, uma nave tripulada por uma equipe altamente treinada, assistida por um computador autoconsciente, o HAL 9000, é enviada ao espaço.