Ao longo da história, o amor foi tema central de obras que se transformaram em verdadeiros ícones da literatura. A Bula realizou uma enquete com os seus leitores para descobrir quais são as mais importantes delas. Os dez livros mais citados foram reunidos em uma lista, sem critério classificatório. Entre elas estão “Romeu & Julieta” (1957), de William Shakespeare, uma das histórias românticas mais difundidas em todo o mundo; “O Amor nos Tempos de Cólera” (1985), de Gabriel García Márquez, cujo enredo foi inspirado na paixão proibida vivida pelos pais do autor; e “O Corcunda de Notre Dame” (1831), de Victor Hugo, que aborda as diferentes facetas do amor: da possessão ao amor ideal e puramente afetuoso. Os comentários são adaptados das sinopses das editoras.
Romeu e Julieta não são apenas os nomes dos protagonistas da peça shakespeariana, mas identificam ícones intemporais do amor romântico, universalmente reconhecidos. A trama marcada pelo relacionamento proibido que acaba em tragédia é a história de amor mais difundida da história da literatura, e já ganhou dezenas de adaptações para a TV e o cinema.
Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta, e acaba deixando rastros de ira e vingança. O único romance escrito por Emily Brontë, e uma das histórias de amor mais belas de todos os tempos, a obra tornou-se um clássico da literatura inglesa.
O livro é uma das obras mais conhecidas de Jane Austen, considerada a primeira romancista moderna de língua inglesa. O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra do século 18. Elizabeth é a segunda de cinco irmãs, e precisa lidar com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática inglesa da época. A trama ganhou diversas versões para o cinema e televisão.
“O Amor nos Tempos do Cólera” narra a paixão do telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza por Fermina Daza. Ainda muito jovem, o telegrafista se apaixona por Fermina, mas o romance enfrenta a oposição do pai da moça, que faz de tudo para impedir o casamento. A trama é inspirada na história real de amor vivida por Gabriel Elígio Garciá e Luiza Márquez, pais do autor.
O enredo é centrado na personagem que dá nome à obra: Anna Karenina. Ao abandonar sua sólida posição social por um novo amor, e seguir esta opção até as últimas consequências, ela potencializa os dilemas amorosos vividos dentro e fora de casamento. Apesar de se tratar de uma pungente romance, o amor não é abordado por Lev Tolstói como puro idealismo romântico.
“Doutor Jivago” é o maior e mais importante romance da Rússia pós-revolucionária. Nele, Boris Pasternak traz à luz o drama e a imensidão da Revolução Russa pela história do médico e poeta Iúri Andréievitch Jivago. Em tempos em que a simples aspiração a uma vida normal é desprovida de qualquer esperança, o amor de Jivago por Lara e sua crença no indivíduo ganham contornos de um ato de resistência.
A obra-prima de F. Scott Fitzgerald retrata a sociedade americana após a Primeira Guerra Mundial. Jay Gatsby, um milionário adepto a festas grandiosas e extravagâncias, nutre um antigo amor por Dayse, casada com o rico e insensível Tom Buchanan. Quando Gatsby se muda para a mansão ao lado de sua amada, Nick Carraway, vizinho de Gatsby, passa a observar os acontecimentos desse mundo de caprichos, riqueza e tragédias.
O primeiro romance de Jane Austen conta a história das irmãs Elinor e Marianne. As jovens vivem em uma sociedade rígida, marcada por regras e injustiças. Tanto a sensível e sensata Elinor como a romântica e impetuosa Marianne se veem fadadas a aceitar um destino infeliz por não possuírem fortuna nem influências. Contudo, as duas passam por um processo intenso de aprendizagem, mesclando a razão com os sentimentos em busca de um final feliz.
Ambientada em Paris, no século 15, a obra conta a história de Esmeralda, uma jovem cigana cuja beleza transtorna o arcediago Claudio Frollo. Depois de vê-la dançar na praça da Catedral de Notre Dame, ele ordena ao corcunda Quasímodo que rapte a moça. No entanto, os planos do líder religioso não saem como planejado, e a história ganha desdobramentos inesperados. O livro é um dos mais difundidos de Victor Hugo.
O último livro do filósofo francês André Gorz, foi escrito para homenagear sua mulher, Dorine, com quem foi casado por quase 60 anos. O casal cometeu suicídio em 2007. Os corpos foram encontrados um ao lado do outro, e um cartaz, na porta de sua casa, pedia que a polícia fosse avisada. Gorz era um crítico radical da mercantilização das relações sociais. Desde 1990, ele vivia em retiro com a mulher, que sofria de uma doença degenerativa.