Mesmo na “era da sua reprodutibilidade técnica” — como costumava questionar o filósofo Walter Benjamin, se referindo à reprodução mecânica da arte —, algumas obras são consideradas extremamente singulares e, por isso, de alto valor. Em leilões realizados nas últimas décadas, essas obras esvaziaram os bolsos de colecionadores, sendo arrematadas por cifras que superam sete dígitos. A Bula reuniu as dez mais valiosas delas em uma lista, que é liderada por “Salvator Mundi” (1490), de Leonardo da Vinci, adquirida por 450 milhões de dólares em 2017. A obra do pintor espanhol Pablo Picasso “Mulheres de Argel” (1955), ocupa a segunda posição, arrematada por 179,3 milhões de dólares em 2015.
A pintura “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, representa Jesus Cristo. Ela foi vendida em um leilão no fim de 2017 por 450 milhões de dólares, e alçou a primeira colocação do ranking de obras de arte mais caras da história. A tela foi recebida pelo museu do Louvre de Abu Dhabi, no entanto não houve confirmação de que a instituição foi a responsável pela compra. A identidade do comprador foi mantida em sigilo.
A famosa obra do pintor espanhol Pablo Picasso, que representa um harém, foi arrematada por 179,3 milhões de dólares em 2015, durante um leilão em Nova York. O misterioso comprador, que não teve a identidade revelada, insistiu nos lances por 11 minutos, até finalmente angariar a obra. “Mulheres de Argel” foi pintada pelo artista em um período frenético de trabalho, no inverno de 1955.
Em 2015, “Nu Deitado”, do artista italiano Amedeo Modigliani foi arrematada pela cifra de 170,4 milhões de dólares. A obra representa uma mulher nua, com uma postura desinibida, deitada sobre um sofá. Trata-se de um dos últimos trabalhos da curta carreira de Modigliani. Além disso, é conhecida pelo escândalo que causou na primeira vez em que foi exibida em Paris.
O retrato em três partes de Lucian Freud, de autoria de Francis Bacon, foi a leilão em 2013. A obra foi arrematada por 142,4 milhões de dólares. O lance inicial estipulado foi de 80 milhões, que foi ultrapassado com facilidade. O galerista William Acquavella conseguiu arrematar a peça. Contudo, acredita-se que ele trabalhe para um cliente que permaneceu em sigilo.
A obra “O Grito”, de Edvard Munch, foi arrematada em um leilão em 2012. Sete candidatos disputaram a compra do quadro durante 12 minutos. O lance mais alto, oferecido por um comprador cuja identidade não é conhecida, foi de 119,9 milhões de dólares. A pintura, que é uma das mais famosas do mundo, representa uma figura andrógina em profundo desespero. O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, durante o pôr do sol.
Uma pintura sem título de Jean-Michel Basquiat foi vendida em um leilão de arte moderna realizado em Nova York, em 2017, por 110,5 milhões de dólares. A obra é considerada uma das mais importantes da curta carreira do artista. Ela chama a atenção pelas proporções: 1,83 metros de altura e 1,73 de largura. O comprador foi o empresário e colecionador de arte japonês Yusaku Maezawa.
Pintada em 1932, “Nu, Folhas e Busto” foi vendida por 106,4 milhões de dólares em 2011, em um leilão em Nova York. A obra, que foi arrematada por um colecionador privado não identificado, só havia sido exposta ao público uma vez, em 1961. No entanto, o novo proprietário a emprestou ao Tate Modern, de Londres, que possui uma sala dedicada ao pintor espanhol.
Como o próprio nome diz, a obra “Acidente Com Carro Prata” (1963), de Andy Warhol mostra várias imagens de um acidente de carro. Considerada a obra-prima do artista, ela foi leiloada em 2013. O comprador, que não teve a identidade revelada, a arrematou pelo valor de 105,4 milhões de dólares. Andy Warhol é considerado a maior figura do movimento de pop art em todo o mundo.
Também leiloada em Nova York, em 2004, a obra do pintor espanhol retrata um jovem rapaz francês com um cachimbo na mão esquerda e uma coroa de rosas na cabeça. Ela foi adquirida pelo multimilionário estadunidense John Hay Whitney, por 104,2 milhões de dólares. Picasso a pintou aos 24 anos, durante a sua Fase Rosa – período em que o pigmento predominava nos trabalhos do artista.
O icônico quadro “Nurse”, datado de 1964, foi leiloado por 95,37 milhões de dólares em 2015, nos Estados Unidos, alcançando a posição de 10ª obra de arte mais cara da história. A tela, que representa uma enfermeira, estava avaliada em 80 milhões de dólares, mas foi arrematada em poucos minutos por mais de 15 milhões extras. Um recorde para o artista de pop art Roy Lichtenstein.