Desde que o ser humano começou a desenhar nas paredes das cavernas em que se abrigava no período pré-histórico — o que é considerado o pontapé inicial da arte — ele não parou de se expressar por meio de pinturas, esculturas e outras maneiras de representação da realidade. Por motivos racionais, e outros nem tanto, algumas dessas representações se tornaram obras de destaque, conhecidas em todo mundo, até mesmo por quem não se interessa muito pelo assunto. A Bula reuniu em uma lista algumas dessas obras que se transformaram em verdadeiros ícones culturais, alcançando o status de mais famosas da história da arte. A seleção foi baseada em outras publicações do gênero, realizadas por sites e revistas internacionais.
“Mona Lisa”, também conhecida como “A Gioconda”, é a obra de maior destaque de Leonardo da Vinci. O quadro representa uma mulher introspectiva, com um véu sobre os cabelos e que parece esboçar um intrigante meio-sorriso. Ela é considerada a obra de arte mais famosa de todos os tempos, e, por isso, a que mais atrai visitantes ao Museu do Louvre, em Paris, onde está alocada.
O afresco de 280 x 570cm, localizado no teto da Capela Sistina, no Vaticano, representa o episódio bíblico do livro de Gênesis, em que Deus cria o homem a sua imagem e semelhança. Deus é representado como um velho barbudo, envolvido em um manto, que também cobre anjos que estão ao seu redor. Com o braço esticado, o seu dedo indicador toca o de Adão, representado como um jovem nu, deitado sobre o chão terrestre.
A tela, exposta na Galleria degli Uffizi, em Florença, na Itália, mede 172,5 x 278,5cm. Ela representa o nascimento da deusa Vênus, da mitologia romana, que emerge do mar já adulta sobre uma concha. A deusa é empurrada para a margem por Zéfiro, o vento que sopra do Oeste, e a Hora, uma das deusas das estações, lhe cobre com um manto de flores. Enquanto isso, Vênus esconde o sexo com seus longos cabelos ruivos.
O afresco representa a Última Ceia de Jesus Cristo com seus apóstolos, antes de ser capturado e crucificado, conforme descreve a bíblia. Criada por Leonardo da Vinci, a obra foi encomendado por seu protetor, o Duque Lodovico Sforza, que doou a pintura para a igreja católica. Atualmente, ela ainda permanece sob o domínio da instituição, alocada no convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, na Itália.
Uma série de quatro pinturas de Edvard Munch, “O Grito” representa uma pessoa em um momento de angustia e desespero — que, como o próprio nome indica, parece gritar. A obra tem como pano de fundo a doca de Oslofjord, em Oslo, na Noruega, durante o pôr-do-sol. Ela é considerada uma das mais importantes do movimento expressionista, e está exposta na Galeria Nacional da capital norueguesa.
Especula-se que a obra de Van Gogh retrata a vista de uma das janelas do hospício de Saint-Rémy-de-Provence, na França. O artista se internou voluntariamente no local depois de um surto em 1888, quando cortou a sua orelha esquerda. A tela está exposta no Museu de Arte Moderna de Nova York. Em 2004, cientistas começaram a compará-la com uma imagem capturada por um telescópio espacial. De acordo com eles, a obra antecipou a matemática cósmica.
“O Pensador” é uma das obras mais representativas de Rodin. Originalmente chamada de “O Poeta”, a escultura representa Dante Alighieri, autor de “A Divina Comédia”, em frente aos Portões do Inferno. A escultura original está localizada no Museu Rodin, em Paris. No entanto, mais de vinte cópias estão distribuídas em diferentes museus mundo afora. No Brasil, uma versão ampliada pode ser conferida pelo público no Instituto Ricardo Brennand, no Recife.
A mais famosa das esculturas renascentistas, a obra retrata o herói bíblico Davi, responsável por matar o gigante Golias, que zombava do deus cristão. Ela foi encomendada como parte de uma série de estátuas de profetas bíblicos. No entanto, quando finalizada em 1504, foi posicionada de frente à sede da governadoria de Florença, na Itália. Hoje, a escultura está alocada na Academia de Belas Artes do município italiano.
A estátua que data da Grécia Antiga, atribuída a Alexandre de Antioquia, é considerada a obra prima da geração clássica. Ela foi encontrada em 1820, na ilha grega de Milo. Logo depois, foi adquirida pela França, e exposta no Museu do Louvre, em Paris. A obra foi aclamada imediatamente após a sua divulgação, e reproduzida diversas vezes em gravuras e outros meios ao longo do século 19.
Localizada no Museu de Arte Moderna de Nova York, a pintura é bastante referenciada na cultura popular, o que fez com que se tornasse o quadro mais conhecido de Dalí, e um dos mais famosos da história da arte. O autor declarou que pintou a maior parte da obra em duas horas, enquanto esperava a esposa voltar do teatro. Ela representa uma paisagem surrealista, rodeada de relógios derretidos.