Além de um grande aliado do paladar, o vinho é conhecido por trazer inúmeros benefícios ao corpo. A Bula decidiu investigar a questão e descobrir se o vinho faz por merecer a fama terapêutica que tem. O resultado da pesquisa é uma lista que contêm oito benefícios do vinho comprovados pela ciência. De proteção cardiovascular ao aumento da libido, uma simples taça da bebida tem muito mais a oferecer do que se costuma imaginar. É importante lembrar que as vantagens se aplicam ao consumo regular de uma pequena quantidade de vinho. A ingestão desenfreada de qualquer tipo de bebida alcóolica pode se converter em malefícios ao organismo.
Instituições de diferentes lugares do globo, como a American Heart Association, dos Estados Unidos; e a European Society of Cardiology, com sede na França; reconhecem que o vinho faz bem ao coração. Até mesmo a Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial reafirma o benefício. Isso acontece porque a bebida é rica em substâncias que auxiliam o controle do colesterol no organismo humano.
Um estudo desenvolvido por cientistas da Charité University, de Berlim, Alemanha, e divulgado pela revista “Journal of Neuroscience”, afirma que o consumo de vinho melhora a memória a curto prazo. O resultado se dá em função de um antioxidante presente na bebida, o resveratrol, que aumenta as conexões entre áreas do cérebro responsáveis pela memória. Os voluntários que participaram da pesquisa também tiveram os níveis de açúcar no sangue reduzidos.
Pesquisas de laboratório apontam que algumas substâncias presentes no vinho, como o resveratrol e a quercetina, podem apresentar efeito anticancerígeno. As informações vão ao encontro de um estudo realizado pelo Nancy Study Center (França), cujo resultado indica que o consumo moderado de vinho ajuda a diminuir os riscos de morte prematura causada por diversos fatores, em especial pelo câncer digestivo.
O ácido elágico, presente no vinho tinto, ajuda na diminuição das células de gordura, resultando em um maior controle do peso. Ao menos é o que apontam as pesquisas realizadas pela Washington State University, e pela Harvard University. Isso ocorre porque o ácido ajuda a transformar “gordura branca”, que é considerada ruim, em “gordura marrom”, considerada boa.
A Universidad de Navarra (Espanha), conduziu uma pesquisa que investigou os efeitos do vinho nos consumidores. Os resultados apontam que quem consome de duas a sete taças pequenas de vinho por semana, geralmente durante as refeições, está 32% menos propenso a sofrer de depressão, em comparação com pessoas que não ingerem a bebida.
Um estudo da Università di Firenzi (Itália), demonstrou que mulheres que bebem mais de duas taças de vinho por dia apresentavam uma melhora da saúde sexual, com aumento da libido e satisfação durante o sexo. Já em relação aos homens, uma pesquisa divulgada pelo “Nutrition Journal”, aponta que o consumo moderado da bebida aumenta os níveis de testosterona, que também influenciam na qualidade da vida sexual.
A resistência à insulina, que é uma das características da diabetes tipo 2, pode ser diminuída com o consumo de vinho. Isso ocorre graças à ação dos flavonoides presentes na composição da bebida. As informações são de uma pesquisa da Kings College London (Reino Unido), que avaliou o efeito das substâncias no metabolismo da glicose no organismo de mulheres. O estudo foi realizado em voluntárias com idades entre 17 e 76 anos.
Uma pesquisa da University of Texas (Estados Unidos), realizada com 802 voluntários, demonstra que quem bebe vinho vive por mais tempo. De acordo com o estudo, quem consome a bebida frequentemente ou mesmo de vez em quando, tem os riscos de mortalidade reduzidos em relação a quem não bebe. Os efeitos são ainda maiores quando os consumidores não fumam ou quando praticam alguma atividade física.