Diferente de diversas listas já feitas sobre “melhores livros”, “maiores escritores”, “livros mais populares”, o britânico Martin Seymour-Smith, poeta, crítico literário e biógrafo, decidiu pesquisar os livros que mais exerceram influência sobre a humanidade em toda sua história.
Listados em ordem cronológica, Martin preferiu não entrar na polêmica de afirmar que tal livro foi mais influente que outro. Também deu preferência para escritos filosóficos e científicos menos conhecidos do que para alguns autores clássicos da Literatura, como é citado por ele, Dostoiévski, Dickens e Goethe. É lógico que alguns clássicos não poderiam deixar de estar presente na lista, porém, em minha opinião, obras como “Crime e Castigo” e “Os Sofrimentos do Jovem Werther” não deveriam ter sido esquecidos.
Apesar do tema extremamente complexo e polêmico pela sua subjetividade, Martin Seymour-Smith conseguiu uma lista contundente com argumentos notórios. A lista, em ordem cronológica, segue abaixo:
1 — Ching (1500 a.C.)
2— O Velho Testamento (1500 a.C.)
3 — A Ilíada e A Odisséia — Homero (Século IX a.C.)
4 — Os Upanishads (700 a.C.-400 a.C.)
5— O Caminho e Seu Poder — Lao-Tzu (Século III a.C.)
6 — O Avesta (500 a.C.)
7 — Analectos — Confúcio (Século IV – V a.C.)
8 — História da Guerra do Peloponeso — Tucídides (Século V a.C.)
9 — Obras — Hipócrates (400 a.C.)
10 — Obras — Aristóteles (Século IV a.C.)
11 — História — Heródoto (Século IV a.C.)
12 — A República — Platão (380 a.C.)
13 — Elementos de Geometria — Euclides (280 a.C.)
14 — O Dhammapada (252 a.C.)
15 — A Eneida — Virgílio (70-19 a.C.)
16 — Da Natureza da Realidade — Lucrécio (55 a.C.)
17 — Exposições Alegóricas das Leis Divinas — Philo de Alexandria (Século I d.C.)
18 — O Novo Testamento (64-110 d.C.)
19 — Vidas Paralelas — Plutarco (50-120 d.C.)
20 — Anais, da Morte do Divino Augusto — Cornélio Tácito (120 d.C.)
21 — O Evangelho da Verdade (Século I d.C.)
22 — Meditações — Marco Aurélio (167 d.C.)
23 — Hipotiposes Pirrônicas — Sexto Empírico (150-210 d.C.)
24 — Novenas — Plotino (Século III d.C.)
25 — Confissões — Agostinho de Hippo (400 d.C.)
26 — O Corão (Século VII d.C.)
27 — Guia para os Perplexos — Moisés Maimônides (1190)
28 — A Cabala (Século XII d.C.)
29 — Suma Teológica — Tomás de Aquino (1266-1273)
30 — A Divina Comédia — Dante Alighieri (1321)
31 — Elogio da Loucura — Desidério Erasmo (1509)
32 — O Príncipe — Maquiavel (1532)
33 — Do Cativeiro Babilônico da Igreja — Martinho Lutero (1520)
34 — Gargântua e Pantagruel — François Rabelais (1534-1532)
35 — Institutos da Religião Cristã — Calvino (1536)
36 — Das Revoluções das Órbitas Celestiais — Nicolau Copérnico (1543)
37 — Ensaios — Michel Eyquem de Montaigne (1580)
38 — Dom Quixote — Miguel de Cervantes (1605-1615)
39 — A Harmonia do Mundo — Johannes Kepler (1619)
40 — Novum Organum — Francis Bacon (1620)
41 — Primeiro Fólio — William Shakespeare (1623)
42 — Diálogo Sobre os Grandes Sistemas do Universo — Galileu Galilei (1632)
43 — Discurso sobre o Método — René Descartes (1637)
44 — Leviatã — Thomas Hobbes (1651)
45 — Obras — Gottfried Wilhelm Leibniz (1663-1716)
46 — Pensamentos — Blaise Pascal (1670)
47 — Ética — Baruch Spinoza (1677)
48 — O Progresso do Peregrino — John Bunyan (1678-1684)
49 — Princípios Matemáticos da Filosofia Natural — Isaac Newton (1687)
50 — Ensaio Sobre a Compreensão Humana — John Locke (1689)
51 — Os Princípios do Conhecimento Humano — George Berkeley (1710)
52 — A Nova Ciência — Giambattista Vico (1725)
53 — Um Tratado sobre a Natureza Humana — David Hume (1739-1740)
54 — A Enciclopédia — Denis Diderot (organizador) (1751-1772)
55 — Um Dicionário da Língua Inglesa — Samuel Johnson (1755)
56 — Cândido — Voltaire (1759)
57 — Senso Comum — Thomas Paine (1776)
58 — Uma Pesquisa sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações — Adam Smith (1776)
59 — Declínio e Queda do Império Romano — Edward Gibbon (1776-1787)
60 — Crítica da Razão Pura — Immanuel Kant (1781)
61 — Confissões — Jean-Jacques Rousseau (1781)
62 — Reflexões sobre a Revolução na França — Edmund Burke (1790)
63 — Reinvindicações dos Direitos da Mulher — Mary Wollstonecraft (1792)
64 — Uma Pesquisa sobre Justiça Política — William Godwin (1793)
65 — Ensaio sobre o Princípio da População — Thomas Robert Malthus (1798)
66 — Fenomenologia do Espírito — Friedrich Hegel (1807)
67 — O Mundo como Vontade e Representação — Arthur Schopenhauer (1819)
68 — Curso em Filosofia Positivista _ Augusto Comte (1830-1842)
69 — Da Guerra — Carl Marie von Clausewitz (1832)
70 — Ou Isso / Ou Aquilo — Soren Kierkegaard (1843)
71 — O Manifesto Comunista — Karl Marx e Friedrich Engels (1848)
72 — A Desobediência Civil — Henry David Thoreau (1849)
73 — A Origem das Espécies — Charles Darwin (1859)
74 — Sobre a Liberdade — John Stuart Mill (1859)
75 — Primeiros Princípios — Herbert Spencer (1862)
76 — Experiências sobre Híbridos das Plantas — Gregor Mendel (1866)
77 — Guerra e Paz – Liev Tolstói (1868 -1869)
78 — Tratado sobre Eletricidade e Magnetismo — James Clerk Maxwell (1873)
79 — Assim Falou Zaratustra — Friedrich Nietzsche (1883-1885)
80 — A Interpretação dos Sonhos — Sigmund Freud (1900)
81 — Pragmatismo — William James (1908)
82 — Relatividade — Albert Einstein (1916)
83 — Tratado da Sociologia Geral — Vilfredo Pareto (1916)
84 — Tipos Psicológicos — Carl Gustav Jung (1921)
85 — Eu e Tu — Martin Buber (1923)
86 — O Processo — Franz Kafka (1925)
87 — A Lógica da Descoberta Científica — Karl Popper (1934)
88 — Teoria Geral do Emprego, Lucro e Dinheiro — John Keynes (1936)
89 — O Ser e o Nada — Jean-Paul Sartre (1943)
90 — O Caminho Para a Servidão — Friedrich von Hayek (1944)
91 — O Segundo Sexo — Simone de Beauvoir (1948)
92 — Cibernética — Norbert Wiener (1948)
93 — 1984 — George Orwell (1949)
94 — Histórias de Belzebu para seu Neto — George Ivanovitch Gurdjieff (1950)
95 — Investigações Filosóficas — Ludwig Wittgenstein (1953)
96 — Estruturas Sintáticas — Noam Chomsky (1957)
97 — A Estrutura das Revoluções Científicas — T.S. Kuhn (1962)
98 — A Mística Feminina — Betty Friedan (1963)
99 — Citações do Comandante Mao Tsé-Tung — Mao Tsé-Tung (1966)
100 — Além da Liberdade e da Dignidade — B.F. Skinner (1971)