Sabe aquele momento em que você já deitou na cama, apagou a luz, mas ainda não sentiu sono? Você tem duas opções: pegar o celular e lascar ainda mais com sua melatonina, despertar todos os hormônios que te deixam ansioso e perder ainda mais o sono para dormir apenas às 3 horas da manhã sabendo que precisa acordar às 7h oooou você pode pegar um livrinho de cabeceira leve e bem-humorado para dar uma lida com a luminária ligada, 15 minutinhos antes do sono bater, você dormir gostoso, fazer a digestão do dia apropriadamente e acordar sem estresse.
Para esses minutos preciosos entre o “boa noite” a Revista Bula selecionou sete obras indiscutivelmente deliciosas para te acompanhar até a cama. Curtinhos, levinhos e capazes de arrancar risadas sinceras. Esses livros são basicamente o equivalente literário de assistir a 10 minutos de memes antes de dormir. Eles não exigem muito da cabeça cansada, mas garantem aquele boost de serotonina que a gente respeita. E o melhor: dá para ler no tempo que a bateria do celular leva para chegar nos 10%.
Agora, sejamos honestos: nem sempre a gente tem paciência para tramas complexas antes de dormir. Quem é que vai querer lidar com 57 personagens, 3 linhas do tempo e uma metáfora sobre a condição humana às 23h47? A gente já mal consegue lidar com a coberta embolada no meio das pernas! Por isso, a seleção aqui foca em livros que têm textos ágeis, capítulos curtos e o tipo de humor que parece um amigo zoando a sua cara (no melhor sentido possível). Sabe aquele tipo de leitura que não pesa, não complica e ainda te deixa mais leve do que passar no Enem sem estudar? É isso. A missão é rir, esquecer a vida adulta por uns minutos e dormir feito um bebê que não tem boletos para pagar.
E ó: não importa se você é #TeamDormirEm5Minutos ou #TeamPensarNaVidaAtéAs3DaManhã, esses livrinhos são a companhia perfeita. Tem um pouco de tudo: ironia, deboche, situações absurdas, e aquela pitada de “meu Deus, isso poderia ser eu”. Inclusive, se rir sozinho no quarto fosse esporte olímpico, a gente já estaria treinando para Paris 2024. Então prepara o abajur, pega a coberta favorita, ajeita o travesseiro e bora escolher o seu companheiro de cabeceira. Porque rir é bom, mas rir e depois dormir que nem uma pedra é melhor ainda.

Uma coletânea de textos curtos que misturam humor, melancolia e reflexões sobre o cotidiano, as relações e a vida moderna. Com linguagem direta e sensível, o livro transita entre o engraçado e o sentimental, com pequenas crônicas perfeitas para leituras rápidas. Apesar do título, a maioria dos textos pode ser consumida de forma leve. Cada fragmento captura emoções e situações que todo mundo já viveu. Um livro que cabe perfeitamente naquele momento de pausa antes de dormir. Simples, fluido e com boas doses de identificação.

Em “Adulta sim, madura nem sempre”, Camila Fremder constrói um retrato bem-humorado e honesto sobre a fase da vida em que a gente se vê dividida entre boletos a pagar, fraldas para trocar e a constatação de que o colágeno já não é mais o mesmo. Com uma escrita leve e confessional, a autora compartilha histórias e reflexões sobre os desafios (e as pequenas trapalhadas) de ser “adulta” — ainda que a maturidade pareça sempre atrasar um pouco. Entre risadas, dúvidas e desabafos, o livro fala sobre maternidade, carreira, relações e o turbilhão emocional que acompanha essa transição. Sem fórmulas prontas nem lições de moral, Camila mostra que crescer é inevitável, mas amadurecer é outra história.

Embora seja conhecido principalmente como drama, “Tudo é Rio” traz momentos de humor fino e observações irônicas sobre os desencontros da vida. A história gira em torno de um triângulo amoroso e os dilemas humanos que surgem a partir dele. A escrita é rápida, lírica e envolvente, e mesmo os momentos mais densos são intercalados com uma leveza surpreendente. É um livro que permite tanto se emocionar quanto sorrir em meio às suas páginas. A linguagem acessível facilita a leitura em pequenas doses. Perfeito para fechar o dia com emoção e reflexão, sem pesar demais.

A autora britânica conhecida por “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” entrega aqui uma história leve sobre as ilusões das redes sociais. Katie Brenner tenta construir uma vida perfeita em Londres, mas se vê obrigada a enfrentar a dura realidade quando tudo desmorona. Com humor afiado e personagens carismáticos, Sophie transforma dramas cotidianos em situações cômicas e reconhecíveis. A escrita é fluida e rápida, ideal para ler antes de dormir sem se sentir sobrecarregado. Uma história que mistura risadas com boas reflexões sobre autenticidade.

Este pequeno livro traz conselhos práticos e anedotas inspiradoras baseadas nas experiências do autor como oficial da Marinha americana. Embora não seja um livro de humor no sentido clássico, o tom é tão direto e as histórias tão curiosas que arrancam sorrisos genuínos. São lições de vida embaladas em capítulos curtos e fáceis de ler. A linguagem acessível facilita a identificação imediata com os temas. Ideal para quem quer terminar o dia com uma mistura de leveza e inspiração. Uma leitura rápida que deixa a cabeça mais tranquila para o sono.

Em “Se você me entende, por favor me explica”, Pedro Salomão reflete sobre os ruídos e desencontros que marcam a comunicação nos tempos atuais. Com uma linguagem leve, direta e carregada de sensibilidade, o autor aborda como as palavras — que deveriam aproximar — muitas vezes geram confusão, afastamento e interpretações equivocadas. A partir de relatos pessoais, observações do cotidiano e questionamentos sobre autenticidade e escuta, Salomão convida o leitor a repensar a forma como se expressa e se conecta com o mundo. Mais do que um manual sobre comunicação, o livro é um convite a compreender a si mesmo para, só então, conseguir ser verdadeiramente compreendido.

Em “Que Loucura”, Woody Allen reúne uma série de textos curtos originalmente publicados em revistas como The New Yorker. Com seu humor característico, o autor explora temas como absurdos do cotidiano, dilemas existenciais e situações surreais com muita ironia. A coletânea mistura ensaios, crônicas e pequenas peças teatrais, sempre com ritmo ágil e diálogos espirituosos. As histórias transitam entre o nonsense e a sátira social. A leitura é leve, fragmentada e perfeita para quem busca algo divertido em pequenas doses. Um retrato bem-humorado das neuroses modernas através da escrita ácida de Allen.