Gabriel García Márquez não veio a esse mundo a passeio. O homem simplesmente escreveu livros que acertam a gente como os raios de sol pelos buracos da camada de ozônio: você tenta fugir, mas acaba sendo atingido de qualquer jeito. A diferença é que, em vez de raiva, a sensação que fica é de que você é visto e compreendido. Márquez tinha essa habilidade quase sobrenatural de transformar pensamentos profundos em pequenos socos de realidade revestidos de poesia. A gente lê uma linha e de repente está refletindo sobre toda a nossa vida, nossas escolhas, o amor, o tempo, o boleto que venceu ontem… tudo junto.
Em um documentário sobre a vida do autor, somos informados de que durante boa parte da sua infância, ele foi criado pelos avós. O avô, um homem ultrarrealista e pé no chão, enquanto sua avó era uma mulher extremamente religiosa, mística e cheia de superstições. Foi essa mistura de realidade e fantasia que forneceu o repertório e a sabedoria de realismo mágico que marcou as obras de García Márquez.
Então, se você está precisando de um guia espiritual mais eficaz do que horóscopo pago ou sessão de tarot, chega mais. A Revista Bula separou 10 frases do mestre García Márquez que não só vão tocar sua alma, mas também vão ficar grudadas na sua cabeça igual o jingle da Tropical Pneus ou da Parmalat. Só que, nesse caso, sem causar vergonha alheia. Preparado? Respira fundo aí e vem comigo nessa viagem sem volta pro universo do Gabo:
“A sabedoria nos chega quando já não serve para nada.”
(Amor nos Tempos de Cólera, 1985)
“O segredo de uma boa velhice nada mais é do que um pacto honrado com a solidão.”
(Cem Anos de Solidão, 1967)
“A sabedoria nos alcança quando já não nos serve de nada“
(O Amor nos Tempos do Cólera, 1985)
“Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.”
(Doze Contos Peregrinos, 1992)
“O coração tem mais quartos do que uma pensão de putas.”
(O Amor nos Tempos do Cólera, 1985)
“A vida não é a que a gente viveu, mas a que a gente recorda, e como recorda para contá-la.”
(Viver para Contá-la, 2002)
Nada é mais importante do que a vida, mas é a morte que nos dá sentido.
(Crônica de uma Morte Anunciada, 1981)
“A memória do coração elimina os maus sentimentos e magnifica os bons, e graças a essa artimanha, somos capazes de suportar o passado.“
(O Amor nos Tempos do Cólera, 1985)
“Não há medicina que cure o que não é da doença, mas da solidão.”
(Do Amor e Outros Demônios, 1994)
“A maior de todas as tristezas é saber que você foi feliz e não sabia.”
(O Amor nos Tempos do Cólera, 1985)