Se sua cabeça está pedindo arrego, se a serotonina está em greve e o botão de “modo avião” mental parece tentador, talvez seja hora de dar umas férias para essa usina de preocupações que você chama de cérebro. Nada de drama existencial, monólogo em preto e branco ou filme que termina com alguém encarando o vazio enquanto toca um saxofone triste. O negócio aqui é deixar a sinapse de chinelo e cueca no sofá. Queremos piada besta, personagem surtado e roteiro que parece escrito numa madrugada de quinta com três cafés e zero responsabilidade afetiva. Isso é autocuidado, sim, e quem discordar tá precisando de dois desses filmes e uma massagem nas costas.
A Netflix, entre uma produção sobre o fim do mundo e outra em que todo mundo morre no final, ainda tem uns tesouros escondidos na prateleira do “não precisa pensar, só rir”. E é nesse espírito que a Revista Bula selecionou três títulos que não exigem mais do que duas conexões neurais funcionando. São filmes que respeitam o seu direito de existir como um ser humano exausto, que só quer rir de gente atrapalhada, piada de duplo sentido e adolescentes fazendo muita m3rd4 antes das 10 da noite. Aqui, o máximo de complexidade é entender por que alguém ainda usa calça cargo em pleno 2025.
Então se você quer fugir da realidade sem precisar passar pela alfândega emocional de um drama cabeça, se acomode, prepare o balde de pipoca nociva de micro ondas e esqueça o CPF. Os filmes a seguir são mais leves que notificação de “pix recebido” e mais terapêuticos que textão de coach. Essa é sua chance de se alienar com estilo, rir por motivos idiotas e finalmente entender que, às vezes, tudo o que você precisa é de uma boa comédia pastelão para recalibrar a sanidade. Vai por mim: se rir é o melhor remédio, esses três aqui deviam estar ser distribuídos pelo SUS.

Um grupo de estudantes começa o ensino médio enfrentando os dilemas típicos do primeiro ano: inseguranças, amizades instantâneas e um ambiente novo onde tudo parece uma confusão divertida. Em meio a festas, trotes e pequenos desastres emocionais, eles tentam se adaptar ao novo mundo enquanto descobrem mais sobre si mesmos. A comédia acompanha esses jovens enquanto tropeçam — literalmente e metaforicamente — pelas primeiras experiências da vida no colégio.

Ron Burgundy está de volta e tenta se reinventar em um novo cenário: o primeiro canal de notícias 24 horas da televisão americana. Agora vivendo em Nova York e enfrentando mudanças na mídia e em sua própria equipe, ele precisa aprender a lidar com um mercado de trabalho mais competitivo e com transformações nos relacionamentos pessoais. O filme retoma o estilo de humor irreverente e exagerado do primeiro longa, misturando crítica ao sensacionalismo da mídia com situações cômicas, mas mantendo o foco em entreter com leveza e ritmo acelerado.

Dois amigos adolescentes se veem diante da última chance de viver uma noite memorável antes de seguirem caminhos diferentes após a formatura do ensino médio. Dispostos a provar que são mais do que os “perdedores” da escola, eles embarcam em uma jornada desastrosa, tentando comprar bebidas alcoólicas para uma festa e impressionar suas paixões platônicas. O filme retrata, com autenticidade e humor, o fim da adolescência, as inseguranças dessa fase e o valor da amizade, equilibrando cenas hilárias com momentos de sinceridade emocional.