Faça um favor a si mesmo e deixe sua vida mais leve, tire 90 minutos para assistir ao novo filme (encantador) da Netflix KC Bailey / Netflix

Faça um favor a si mesmo e deixe sua vida mais leve, tire 90 minutos para assistir ao novo filme (encantador) da Netflix

Não só os filmes de Natal se tornam um grande sucesso no final do ano, como as produções baseadas em best-sellers também já tem meio caminho andado para dar certo, afinal, são inspiradas em histórias já aprovadas pelo público. Em “O Diário de Noel”, filme dirigido pelo experiente Charles Shyer, que já entregou sucessos de sessão da tarde como “O Pai da Noiva” e “Alfie, o Sedutor”, temos uma deliciosa crônica sobre perdão, cura emocional e amor.

Justin Hartley, já conhecido do público por seu papel na série de sucesso “This is us”, revive um novo melodrama familiar como Jacob Turner, um autor de best-seller solitário e que tem uma relação complicada com sua família. Jacob retorna para sua casa, onde pretende passar o Natal apenas com sua cadela Ava, quando recebe a ligação do advogado testamenteiro de sua mãe. Ela morreu há uma semana, mas ninguém se preocupou em avisá-lo. A partir disso, já compreendemos que o escritor não tem uma conexão com sua mãe há muitos anos.

De volta à casa de sua infância, onde vivenciou alguns eventos traumáticos, como a morte do irmão mais velho e a relação conturbada com a mãe, que o expulsou de casa aos 16, Jacob começa a revirar as antigas caixas de memórias acumuladas ao longo dos anos. O pai havia deixado a família logo após a morte do irmão e desaparecido. As lembranças do passado, para Jake, são dolorosas, mas ele sabe que seria melhor passar seu tempo olhando para os velhos móveis da casa da mãe, que sozinho com Ava durante o Natal.

Quando Rachel (Barrett Doss), uma jovem atraente e inteligente entra na antiga casa pedindo notícias de sua mãe, uma babá que trabalhou para a família Turner quando Jacob era muito novo, os dois decidem revirar as velhas caixas de lembranças em busca de pistas sobre o paradeiro da mulher. É quando eles encontram um antigo diário assinado por Noel, à época uma menina de 17 anos, enviada para trabalhar na casa dos Turner por ter engravidado. Nos dias que antecedem o Natal, os dois decidem pegar a estrada para ir até a casa do pai de Jacob para tentar descobrir o que houve com a babá.

Durante o tempo que compartilham na estrada, Jacob e Rachel se tornam íntimos, se apaixonam e passam a se admirar mutuamente. Mas Jake está emocionalmente quebrado e precisa antes reparar seus danos, perdoar o pai e confrontar seu passado para, finalmente, deixá-lo para trás. Rachel está noiva de Allan, tem planos profissionais, gosta de estabilidade e Jacob ainda é um oceano de incertezas. Juntos, eles deverão encontrar a segurança que precisam para depositar seus sentimentos no outro.

Com um Justin Hartley acostumado a papéis sensíveis e vulneráveis, o público rapidamente se vê envolvido em sua aura de adulto desamparado. James Remar, que interpreta o pai de Jacob também tem o olhar marcado pelas dores do passado que nos convence de que há algo realmente doloroso impregnado em sua alma. Barrett Doss quebra a energia melancólica com sua presença enérgica na tela e seu sorriso contagiante. Não é à toa que sua personagem, Rachel, consegue permear a redoma de solidão de Jacob.

Um filme levinho, que vai deixar seu dia mais romântico e esperançoso, “O Diário de Noel” é uma boa oportunidade para relaxar a mente e deixar o Natal, o amor e as boas energias invadirem seu espírito.


Filme: O Diário de Noel
Direção: Charles Shyer
Ano: 2022
Gênero: Romance / Drama
Nota: 9/10