Impiedoso, sombrio e fascinante, filme da Netflix é uma odisseia manchada de sangue e lágrimas

Park Hoon-jung sabe como poucos tornar natural uma história violenta, mas ao mesmo tempo dotada de poesia — muito bem escondida, é verdade —, com um bandido sui generis e uma mocinha cheia de idiossincrasias nada românticas. Para tanto, abusa de enquadramentos milimetricamente elaborados, diálogos refinados, mas sem firulas, e um elenco de raro carisma, qualidades que fazem de seu “Noite no Paraíso” uma história incomparável.